quarta-feira, 11 de março de 2009

Uso dos recursos tecnológicos em Educação

Muitos educadores pensam que as tecnologias são apenas o que se pode ligar em uma tomada. Não é bem assim.
A criação da escola já foi um avanço tecnológico que dispensou gastos demasiados pois antigamente a educação era particular e agora é coletiva, facilitando a vida de muitos. A tecnologia pode ser encarada como aquilo que pode tornar uma determinada tarefa mais fácil. E se as tecnologias que temos em nossos ambiente escolar estão disponíveis, não vejo porquê não utilizá-las. Os alunos se sentem bem mais entusiasmados e motivados.
O fato de ainda se fazerem presentes educadores com pensamentos bem resistentes ainda nos atrapalham enquanto avanço tecnológico dentro do ambiente escolar. A qualificação dos profissionais em educação é de suma importância, pois devemos estar atualizados e preparados para atender a nova realidade que estamos vivendo. Nossos alunos não são os mesmos de alguns anos atrás.
A velocidade das informações nos forçam a participar de reciclagens constantemente. Antigamente, para termos conhecimento acerca de algum assunto que foi modificado, algum dado e até mesmo algo de grandes proporções, necessitaríamos de alguns anos até que os livros fossem reformulados. Hoje com apenas um clique ou até mesmo assistindo TV podemos nos informar. Quanto aos recursos audiovisuais devemos ter certos cuidados quanto ao trabalho. Não fazer uso dos mesmos como tapa-buracos, como “enrolação”, ter a consciência e a responsabilidade de ver o filme ou documentário antes de passá-lo para ter certeza se o mesmo é condizente com o assunto e cabível para a série e faixa etária destinada e por aí segue outras recomendações.
Não podemos nos posicionar de maneira neutra com relação às mídias. Elas possuem um papel fundamental também na formação dos educandos já que nossos alunos passam cerca de 4 a 5 horas em frente a uma TV, por exemplo. E a TV por sua vez, mesmo tendo que respeitar as normas impostas que determinam o aviso com tarjas quanto à censura da programação, continua a exibir certas programações que lhe confere audiência, favorecem ao consumismo, à violência, ao início precoce da sexualidade dentre outras.

Temos uma grande ferramenta nas mãos, basta termos sabedoria e discernimento para usá-la!

Elaine Mendes

terça-feira, 10 de março de 2009

Escolhendo um software educativo

Primeiramente para especificar um ou mais programas de capacitação para meus alunos com relação ao uso de softwares educativos deve ocorrer um processo seletivo que nortearam o nosso trabalho. Não é qualquer software que pode ser usado dentro das situações educacionais, pois os mesmos devem ser convenientes e viáveis. Quando nos colocamos a disposição das diretrizes curriculares brasileiras devemos verificar a compatibilidade dos softwares selecionados. Ao selecionar os softwares educativos deve ser levada em consideração a realidade de nossa clientela e a acessibilidade da realidade da escola pública. A apresentação dos programas deve ser de simples e fácil entendimento para o usuário, deve ter um manual de uso de fácil compreensão e acessível.
Os professores devem entrar em contato com os softwares para verificar a eficácia dos mesmos.
Os softwares nada mais são que a essência do computador. E os softwares educativos são muito importantes e eficazes para a aprendizagem de nossos alunos. Um exemplo de software educativo que eu colocaria seria o GCOMPRIS que em sua composição compreende inúmeras atividades direcionadas a crianças com idade entre 2 e 10 anos. As atividades se apresentam de forma lúdica, porém com um caráter educacional, com objetivos a alcançar. Atividades com relação à álgebra como memorização de tabelas, imagens espelhadas, com relação à ciências como o ciclo da água, simulação elétrica, de geografia com mapas, leituras, quebra-cabeças, xadrez, dentre outros. E por o GCOMPRIS ser um software livre, pode ser adaptado às suas necessidades, podendo ser melhorado e compartilhado da melhor maneira com a nossa clientela de alunos.
O computador é uma ferramenta para o aluno e para o professor. Alguns aplicativos devem ser bem trabalhados e suas potencialidades devem ser exploradas para se fazer o uso na íntegra. Aplicativos como processadores de texto, bancos de dados, editores eletrônicos auxiliam e muito os alunos e professores.
O computador vem sempre visando melhorar o nosso trabalho porém o que dirá se este propósito será de fato um sucesso ou um fracasso serão as atitudes para com ele. Os softwares educativos a serem escolhidos deverão proporcionar experiências que deverão dar oportunidade para que o aluno desenvolva certas habilidades importantes e não apenas que encare o computador como uma mera fonte de pesquisa e jogos divertidos.
Segundo José Armando Valente pode-se classificar os softwares de acordo com a maneira que o conhecimento é trabalhado.
Tutoriais: São softwares que instruem o aluno. Sua inserção no processo educacional não causa tanto impacto, pois o seu manuseio é facilitado através de tutoriais que podem fazer uso de outras mídias como: animações, filmes, sons e etc.
Exercícios de Prática: São softwares utilizados para revisar e fixa conteúdos já trabalhados previamente por professores e alunos. Geralmente eles são apresentados na forma de jogos, fazendo com que o educando explore, exercite e memorize o conteúdo ministrado. São grandes instrumentos de avaliação alternativos, porém não se devem descartar os demais meios de avaliação.
Simulação: São softwares que permitem a criação de modelos e hipóteses. Estas simulações devem servir apenas de complementos para as aulas, devendo ser orientados que as simulações não são iguais ao mundo real.
Quanto ao sistema operacional, creio que o ideal seja o mais utilizado por todos. O Windows é o mais conhecido por ser mais comercializado e o mais comum nas casas deles. O Linux ainda é pouco usado e tem certas funções que são mais complexas devido ao nosso costume com o primeiro. Vários programas podem ser usados como o Word, o PowerPoint, o PaintBrush dentre outros.
Enfim, não se trata apenas de usar o computador, temos que trabalhar com ele. Trabalhar com ele significa mais que ligá-lo, temos que equipá-lo com softwares inteligentes e que atendam as nossas necessidades.

TV Digital

Falar das Mídias é muito fácil, o difícil é utilizá-las e prepará-las com o país que temos ainda caminhando a passos lentos neste tipo de tecnologia apesar de termos uma tradição respeitável com relação a TV na sala de aula com cursos como o Telecurso 2000. A TV é um dos recursos que mais está dentro da sala de aula e ao alcance de nossos alunos em suas casas. Por mais humilde que a casa seja, dificilmente ficará sem ter a TV, fonte de diversão e entretenimento da maioria dos brasileiros.
Com a chegada da TV Digital a interatividade será muito maior, o atrativo com relação aos padrões de cores, de tamanho, de apresentação dos programas, a simultaneidade de programação e etc. vai e já está enfeitiçando os brasileiros apesar de essa tecnologia ainda não estar ao alcance de todos.
Uma possibilidade de projeto que percebi para com nossos alunos é a de eles participarem de algumas mini-produções.
Como objetivos teremos o conhecer o aparelho, discutir como ele influencia negativamente e positivamente as pessoas que o assistem, compreender o funcionamento de uma reportagem já que eles iriam procurar um tema interessante e criarem suas próprias reportagens e compartilhá-las com os colegas. Assim os alunos vão desenvolvendo um olhar crítico para com as mídias.
O professor deve propor aos educandos uma série de atividades relacionadas a um tema que pode ser direcionado pelos alunos, levantados em conversas mesmo que informais, em uma roda de conversa ou um debate sobre um problema advindo da própria comunidade, levantando questões e possíveis sugestões sobre. Tudo isso, mais tarde, seria convertido em uma mini-produção.
O projeto em si deve partir dos alunos com a intervenção e mediação do professor.
Logo depois de termos conhecido um pouco mais sobre as mídias em si, poderíamos comparar a TV Digital de hoje com as nossas Tvs de ontem que ainda existem hoje. Fazendo essa comparação ainda seca iríamos falar um pouquinho mais da história da Tv Digital, como ela chegou aqui, quais são os seus benefícios já que ela faz com que as pessoas fiquem cada vez mais interligadas, faz com que o público realmente participe, opine.Depois faríamos um mural com as informações colhidas para que as outras pessoas também possam compartilhar do nosso conhecimento. Faríamos uma pesquisa de campo para saber o que as pessoas sabem e como estão reagindo com a novidade. O que elas notaram de melhora, pois por muito tempo éramos apenas aqueles que assistiam e não opinavam, não eram ouvidos, suas opiniões não contavam para nada. Essa interação promovida pela TV interativa na era digital faz com que as pessoas se sintam mais incluídas, havendo mais um exemplo de uma concretização da inclusão cidadã.

Mudança de Postura

Mudança de Postura

Quem sobrevive não é o mais forte ou o mais inteligente e sim quem melhor se adapta as mudanças.
Charle Darwim
Mudar é preciso. Nossa profissão é uma das mais mutáveis, mais adaptáveis. Vejamos, até pouco tempo atrás tínhamos algumas regras de gramática que a partir do ano que vem não valerão mais. Temos uma profissão que exige reciclagem constante, pois lidamos com o movimento, com pessoas, com descobertas. O que é certo hoje pode não ser amanhã e como Darwin afirmou logo acima, temos que nos adaptar às mudanças para que possamos desenvolver da melhor forma o nosso trabalho. Muitos de nossos colegas ainda continuam meio que parados no tempo e espaço, resistindo às mudanças inerentes à característica humana.
Desde que nascemos sofremos transformações que podem ser radicais ou apenas para melhoramentos. Assim deve ser em nosso ofício. Uma constante mudança buscando melhoramentos ou se necessário for, radicais. Muitas pessoas ainda nutrem certo preconceito para com os alunos EADs. Acham que o bom e proveitoso é estar todos os dias em sala de aula, em contato com livros (materiais concretos). Ainda não crêem na educação virtual. Essas e outras resistências nos atrapalham bastante. Temos vários recursos tecnológicos para trabalhar, mas talvez ainda não saibamos explorá-los com perfeição, extraindo dos mesmos o seu máximo.
Em todas as áreas do conhecimento estão ocorrendo mudanças e como bons profissionais devemos ampliar nossa compreensão de mundo contemporâneo e como essas transformações podem e estão refletindo no sistema educacional.
Para que possamos trabalhar melhor com os recursos tecnológicos que dispomos temos que dispor de um tempo maior para descobri-los e ainda perder o medo da tecnologia que muitos ainda vêm nutrindo. Quem não conseguir acompanhar o ritmo das transformações, vai ficar à margem dos próprios educandos dessa nova geração que já nascem embalados pela tecnologia. Temos que nos preparar para que estejamos aptos a oportunizar ferramentas que motivem os alunos e os ajudem a construírem conhecimentos.
O nosso contato e interesse em questões tecnológicos abrem um leque de opções de possibilidades pedagógicas. Hoje em dia nos deparamos com livros de 4ª e 3ª séries sugerindo sites para pesquisa. Daí já notaram o quanto nossas crianças estão avançando nesse quesito enquanto alguns de nós ainda tem receio de ligar um computador.
As pesquisas de campo, as consultas na web, o papel, o livro e etc. devem estar integrados de forma inteligente e complementar visando enriquecimento pedagógico em nossas intervenções. O professor assume então mais uma nova posição: o de organizador de situações de aprendizagens. Ele é parte do processo de aprendizagem.